Transtornos de Aprendizagem

Por: Jessica Queretti

Segundo Maria Alice Fontes, os Transtornos de Aprendizagem compreendem uma inabilidade específica, como leitura, escrita ou matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para o seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.

Outro conceito para os transtornos de aprendizagem, visa que as dificuldades específicas para a aprendizagem se referem àquela situação que ocorre com crianças que não conseguem um grau de adiantamento escolar compatível com sua capacidade cognitiva e que não apresentam problemas auditivos, visuais, sensoriais ou psicológicos importantes que possam explicar tais dificuldades. O transtorno de aprendizagem se traduz por um conjunto de sinais sintomatológicos que provocam uma série de perturbações no aprender da criança, interferindo no processo de aquisição e manutenção de informações de uma forma acentuada. (ADAMS, 1973).

Como forma de abordar e conscientizar os discentes sobre os transtornos de aprendizagem, nos dias 08 e 29 de novembro, realizou-se a intervenção sobre transtornos de aprendizagem, com a turma 80 (8° ano) da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente João Goulart, com o intuito de transmitir e abordar a questão dos transtornos de aprendizagem, conscientizando-os de como esses são frequentes e como agir se tiver contato com algum portador.

A intervenção foi dividida em dois dias, onde no primeiro dia foi abordado o conceito de transtorno de aprendizado, os principais tipos, sendo a Dislexia e o TDAH, quais são os sintomas desses dois transtornos, características, causas, como ajudar os portadores, diagnóstico, tratamento e estratégias de aprendizagem para os portadores desses transtornos de aprendizagem.

Durante a explicação dos tipos de transtornos foram passados vídeos que explicavam e continha mais informações tanto sobre Dislexia, como TDAH. Além disso, ao apresentar as estratégias, algumas dessas foram realizadas com os alunos para que pudessem se envolver com a atividade e com a rotina dos portadores.

No segundo dia, foi abordado outro principal tipo de transtorno de aprendizagem, o Asperger, onde foram apresentados tópicos parecidos com os da última aula. Foi apresentado também dois vídeos, mostrando como é o cérebro do portador de Asperger, com o intuito de conscientização de como é difícil estar no lugar do outro. Além desse vídeo, foi passado também o vídeo, que abordava as principais características do autismo, principalmente Asperger, mencionando alguns famosos que possuem esse transtorno.

Por fim, foi pedido que os discentes dissessem qual foi o sentimento de saber sobre os transtornos de aprendizagem, se esses identificaram alguns sintomas, ou até mesmo conhecidos que tenha alguns sintomas, realizando uma reflexão.

A atividade trouxe uma surpresa, onde a turma estava mais quieta do que nas outras intervenções onde demonstrava ser bastante participativa. A justificativa para esse acontecimento foi que os estudantes, como não conheciam o assunto, não tinham muito para acrescentar, porém demonstraram bastante interesse, ouvindo com muita atenção.

No primeiro dia, durante a abordagem sobre TDAH, os colegas e ate mesmo a professora, observaram que um dos colegas apresentava os sintomas do transtorno, alcançando um dos objetivos, que é transmitir o conhecimento para que as pessoas possam ajudar portadores de transtornos de aprendizagem, mesmo que esse não possua, é importante verificar e analisar essa questão.

As estratégias de aprendizagens tiveram um resultado positivo e significativo, visto que os discentes gostaram de realizar as atividades, dizendo que era complicado, atingindo outro objetivo, que é conscientizar o quão importante é ajudar essas pessoas, conscientizando-os e até mesmo fazendo que tenham o olhar solidário, sentindo um pouco como é conviver com essa situação.

No segundo dia os discentes estavam mais participativos, falando um pouco mais e prestando mais atenção tanto na fala da bolsista- ID como nos vídeos apresentados. Os discentes se surpreenderam ao assistirem o vídeo “60 segundos sentindo na pele como um autista vê e escuta”, onde o mesmo demonstra a hipersensibilidade sonora dos autistas.

Outra questão que chamou a atenção dos estudantes, foi a realização do teste de atenção e concentração, onde esses tiveram dificuldades em realizar o teste, atingindo o objetivo, verificando como é difícil manter atenção e concentração, imaginando que é mais complicado quando se tem TDAH.

Com tudo, a atividade foi positiva e significativa, visto que os discentes prestaram muita atenção e participaram das atividades com entusiasmo se envolvendo com as estratégias e até mesmo o teste. Os estudantes também gostaram dos vídeos, demonstrando um sentimento de espanto ao conhecerem alguns dos transtornos.